quinta-feira, 29 de maio de 2008

Um monge no Calçadão




















Carlos Eduardo Gonzalez, 32 anos, é uruguaio da capital Montevideo, mas foi criado na histórica cidade de Colônia Suíça. Há seis meses resolveu deixar o seu país - "onde tudo é muito caro" - para percorrer o Brasil ao lado do seu alter ego "Monge Gregoriano".

Desde a fronteira, no Rio Grande do Sul, já visitou diversas cidades de cinco estados brasileiros. A próxima meta é Minas Gerais, provavelmente Ouro Preto, depois que lhe falei das belezas do lugar. Em Resende, chegou depois de uma temporada no alto da serra, mais especificamente, na vila de Maromba.

Com a paciência de um monge, Carlos Eduardo me explica que gasta, em média, uma hora para se maquiar. O dourado do rosto e das mãos é resultado de um produto que ele mesmo prepara, à base de creme hidratante e sombra para os olhos. Depois do expediente - que costuma durar o dia todo -, a maquiagem é retirada com um bom banho e muitas esfregadelas de bucha vegetal.

Seu velho chapéu, colocado aos pés da "estátua", recebe por dia aproximadamente dez reais ("depende do lugar onde estou, do movimento, da boa vontade das pessoas..."). Coloco nele algumas moedas e recebo em troca uma reverência silenciosa de agradecimento. Nesse momento, entendo que o Monge Gregoriano já assumiu o seu posto e me despeço também em silêncio.

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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Visão pessoal

A idéia de que um fotógrafo não pode ser pessoal é loucura!... Eu vejo alguma coisa; essa coisa vai através dos meus olhos, cérebro, coração, vísceras; eu escolho o assunto. O que pode ser mais pessoal do que isso? (Cornell Capa)

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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Morre o fotógrafo Cornell Capa


Publicado no UOL Notícias

O fotógrafo americano Cornell Capa, irmão do célebre fundador da agência fotográfica Magnum, Robert Capa, faleceu nesta sexta-feira (23), em Nova York, aos 90 anos, anunciou a agência, em Paris. O funeral será privado, mas uma cerimônia em sua homenagem será realizada no dia 10 de setembro em Nova York, completou a Magnum.

Cornell Capa, fotógrafo da Magnum desde 1954, fundou em 1974 o Centro Internacional de Fotografia (ICP, International Center of Photography), uma fundação que reúne a obra de seu irmão, entre elas a famosa foto do miliciano morto na guerra civil espanhola.

O ICP é um lugar de encontro para os profissionais do mundo da fotografia e, ao longo de sua existência, organizou centenas de exposições, oficinas e conferências.

Nascido na Hungria, em 1936, Cornell Capa juntou-se a seu irmão em Paris, antes de ir morar nos Estados Unidos, no ano seguinte. Funcionário da revista "Life", publicou sua primeira foto em 1938 na revista britânica "Picture Post". Obteve nacionalidade americana em 1944. Após a morte do irmão, em 1954, Cornell Capa assumiu a presidência da Magnum.

Cornell Capa fez várias reportagens ao longo de sua carreira, sobretudo na América Latina e na extinta URSS. Também cobriu campanhas eleitorais nos Estados Unidos, entre elas a que levou John F. Kennedy à presidência.

Para ver a homenagem da Magnum a Cornell Capa, clique aqui.

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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Noivos escapam de terremoto na China






No último dia 12, um fotógrafo de casamento fazia fotos de cinco casais chineses em frente a uma igreja da província de Sichuan, quando ocorreu o forte terremoto que matou quase 50 mil pessoas na região. Por sorte, ninguém se feriu, mas a igreja secular ficou destruída.

Fotos da agência AP publicadas no Portal G1.

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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fotógrafa retrata vida das recrutas israelenses




















Do site da BBC Brasil

A fotógrafa Rachel Papo registrou em livro o dia-a-dia das adolescentes israelenses que interrompem sua vida para cumprir o serviço militar obrigatório no país, que dura 21 meses para as mulheres e três anos para os homens. O livro "Serial Nº 3817131", que está sendo lançado este mês, é uma viagem ao passado da própria fotógrafa, que nasceu nos Estados Unidos, cresceu em Israel e serviu o Exército entre 1988 e 1990.

"'Serial Nº 3817131' representa meus esforços para entender a experiência de ser um soldado, sob a perspectiva de um adulto", diz a fotógrafa em seu website. "Em uma idade em que as explorações sociais, sexuais e educacionais estão em seu ápice, a vida de uma jovem israelense de 18 anos é interrompida. Ela é retirada de sua casa e colocada em uma instituição onde sua individualidade é temporariamente posta de lado em nome do nacionalismo", diz ela.

O livro procura refletir a experiência que a própria fotógrafa viveu no exército, tempo que ela descreve como de "extrema solidão, misturada com apatia e introspecção, quando eu era muito jovem para entender tudo isso".

"Por meio da lente da câmera, tentei reconstruir as facetas de minha vida militar, esperando reconciliar questões que ficaram sem ser resolvidas."

As fotos - tiradas ao longo de dois anos em várias bases militares israelenses - revelam as jovens recrutas em seu dia-a-dia, além do treinamento. Nas fotos, é possível ver as meninas se preparando para um dia de treinamento, esperando na fila do banho (sempre com as armas em punho), ou comprando refrigerantes pouco antes do toque de recolher, em que todas têm que estar de volta às suas camas.

"As meninas que encontrei durante essas visitas estavam desconectadas do mundo exterior, completamente absorvidas em sua realidade paradoxal", diz a fotógrafa, que com o livro pretendeu criar uma ponte entre seu passado e o presente - "uma combinação de minhas próprias lembranças e as experiências das meninas que observei".

Ela conta ter se sentido bastante desorientada ao voltar às bases militares, porque "memórias começaram a emergir, misturadas com uma sensação de alienação". Segundo Papo, cada foto do livro, de alguma maneira, representa uma lembrança dos tempos dela como recruta. "De certo modo, cada uma (das fotografias) é um auto-retrato, mostrando uma jovem em momentos passageiros de introspecção e incerteza, tentando entender a desafiadora rotina diária."

"Ao tentar manter sua gentileza e feminilidade, as soldadas parecem questionar sua própria identidade, abraçando o fato de que dois anos de sua juventude serão gastos em uma melancólica concessão", diz a fotógrafa. O livro, com texto de Charles H. Traub, é lançado neste mês de maio nos Estados Unidos pela editora powerHouse Books.

Para ver mais fotos no site de Rachel Papo, clique aqui.

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sexta-feira, 9 de maio de 2008

É hoje!
















Nesta sexta-feira, dia 09 de maio, a partir das 20hs, a Ímã Foto Galeria recebe os convidados para o coquetel de abertura da exposição – "Mavutsinin - O Último Kuarup", do fotógrafo Renato Soares. Por meio de 20 painéis fotográficos, Renato apresenta a simbologia o Kuarup de Orlando Villas Bôas, realizada em 2003, no Alto do Xingu.

Trecho da entrevista realizada com o fotógrafo Renato Soares:

Ímã - Como se desenvolve um trabalho dentro de terras indígenas?

Renato Soares - Antes de qualquer coisa deve-se saber que trabalhar com temas étnicos é mais complexo do que se imagina. Você deve estar com suas vacinas em dia (febre amarela, antitetânica, hepatite), alem de ter uma boa disposição física para grandes caminhadas, ficar sentado durante horas em embarcações desconfortáveis e estar preparado para outras adversidades como um ataque de insetos indesejáveis, sol e muita umidade.

É aconselhável também conhecer um pouco sobre a cultura do grupo que se pretende fotografar para não cometer gafes. Uma praxe muito comum quando você chega a uma aldeia é procurar ter uma reunião formal com as lideranças e colocá-los a par de todo o desenvolvimento de seu projeto. Assim que todos estiverem de acordo, você poderá começar a fotografar...

O ideal desses documentários é que você tenha recebido um convite e também conhecer pessoas que transitam nesse universo, pois não aconselho ninguém a sair por ai a se aventurar. A Fundação nacional do Índio (FUNAI) deve estar a par do trabalho. A maneira correta é encaminhar um pedido formal e uma cópia do projeto a presidência da FUNAI, detalhando de maneira clara e objetiva o trabalho que será desenvolvido.

O direito de uso da imagem deve ser esclarecido em documento que a FUNAI fornece em contrato formal. Muitas aldeias têm associações e também podem fazer um contrato direto com o fotógrafo, mas o contato com o órgão competente deve ser respeitado.

Para ler a entrevista completa, clique aqui.

A Íma Foto Galeria fica na Rua Fradique Coutinho, 1239, em São Paulo. Maiores informações: tel: (11) 3816-1290 ou e-mail: ima@imafotogaleria.com.br

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domingo, 4 de maio de 2008

Imagem da semana


Monge budista protesta contra o governo chinês (Foto Telegraph)

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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Os 10 melhores fotógrafos de casamento

Matéria original publicada no site da American Photo

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